A investigação sobre a queda de um jato militar A-1B em Viamão, na última sexta-feira (5), não tem data para ser concluída. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o tempo necessário "varia de acordo com a complexidade de cada ocorrência".
Após a queda, segundo a FAB, uma equipe especializada em investigação de acidentes aeronáuticos esteve no local para coletar dados que ajudem no inquérito. O trabalho da equipe consistiu em retirar partes do avião para análise, fotografar a região, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que tenham observado o acidente. A ação contou com o apoio de peritos do Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa 5), com sede em Canoas.
Agora, o trabalho será conduzido por funcionários de uma comissão que integra o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER), coordenado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). Além de apontar fatores que contribuíram para o acidente, as conclusões levantadas terão o objetivo de prevenir novas quedas.
Pilotos perceberam falha no motor e se ejetaram do avião
A aeronave A-1B da FAB era pilotada por dois militares quando caiu ao sobrevoar o município de Viamão, na Região Metropolitana, na última sexta (5). Ao perceberem uma falha no único motor do jato, a dupla conduziu o avião para uma área desabitada, sem pessoas ou construções. Piloto e copiloto conseguiram se ejetar após a pane. Eles foram examinados no Hospital da Aeronáutica de Canoas. Conforme a assessoria de comunicação da FAB, ambos receberam alta médica no sábado (6). A reportagem de GaúchaZH tentou conversar com os pilotos, mas não teve autorização da FAB.
O avião que caiu é um caça que pode ser usado para reconhecimento e ataque a alvos no solo. Segundo a FAB, foi produzido em um consórcio entre Brasil e Itália, envolvendo as empresas Embraer, Alenia e Aermacchi.