Após dois dias de greve, os servidores ligados ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) suspenderam a paralisação. A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira (26) em assembleia. Com isso, os funcionários voltam ao trabalho a partir da quarta-feira (27).
A greve havia começado na segunda-feira (25), em protesto à votação do projeto que cortava gratificações e avanços salariais do funcionalismo público. A proposta do governo municipal foi aprovada pelos vereadores à 0h30min desta terça, após mais de dez horas de debate.
Mesmo voltando ao trabalho, os municipários vão manter o chamado “estado de greve”, o que significa que podem paralisar as atividades a qualquer momento.
De acordo com o diretor do Simpa, Alberto Terres, a entidade pretende entrar na Justiça contra o projeto aprovado pelos vereadores. Segundo ele, o texto fere os princípios constitucionais da estabilidade econômica e da irredutibilidade de vencimentos.
O sindicalista afirmou que os servidores devem permanecer mobilizados, já que, a partir de abril, pretendem abrir negociação com o governo para conseguir um reajuste nos vencimentos, a partir da reposição da inflação.
- Temos nossa data-base (período destinado à correção salarial) em maio e não recebemos a reposição da inflação desde 2016. Como o governo construiu maioria (na Câmara), estamos preocupados com o que possa vir a prejudicar os servidores – disse Terres.
Nos dois dias de greve, escolas municipais e postos de saúde foram afetados. Nesta terça, 14 instituições de ensino não tiveram aulas e nove unidades de saúde registraram restrições no atendimento.
