Pelo segundo dia seguido, a greve de municipários de Porto Alegre deixa 14 escolas sem aula e afeta o atendimento em postos de saúde. Diferentemente do primeiro dia, quando a paralisação alterou a rotina de 12 unidades de saúde, nove postos têm restrição no atendimento nesta terça-feira (26).
As 14 escolas estão sem aulas, mas, segundo a Secretaria Municipal de Educação (Smed), parte delas se mantém aberta e pode receber alunos (veja lista abaixo). Outras 33 são afetadas parcialmente. A orientação é que os pais liguem para os colégios para saber se podem levar ou não os filhos para a aula.
Na área da saúde, nenhuma unidade está fechada, mas há redução no número de funcionários ou restrição de alguns serviços, como vacinação, curativos, distribuição de medicamentos e procedimentos de enfermagem. As unidades de saúde ficam em diferentes regiões da cidade (veja lista abaixo). No Pronto-Atendimento da Bom Jesus, apenas um profissional trabalha na classificação de risco — o outro está em greve. Assim, o tempo de espera para a triagem inicial está em torno de 40 minutos, maior do que o normal.
Porto Alegre conta, no total, com 140 unidades de saúde. A orientação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é que os pacientes liguem para os postos para saberem quais estão fornecendo determinados serviços. A SMS pede ainda que, se for negado atendimento, o paciente faça denúncia pelo telefone 156, da prefeitura.
Greve de servidores pode chegar ao fim nesta terça-feira
Os servidores iniciaram greve na última segunda-feira (25) para pressionar os vereadores da Capital na votação do o projeto de lei que muda gratificações e avanços salariais. A mobilização não deu resultado, e o projeto foi aprovado na Câmara por 24 votos a 12.
— O projeto aprovado é extremamente nocivo à categoria municipária, principalmente da forma que foi aprovado, sem diálogo com os servidores. Conseguimos audiência pública e, ontem, os servidores foram recepcionados com um aparato militar na Câmara. Nove foram feridos. Não podemos aceitar isto porque estamos no nosso direito de protestar — disse o diretor-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, Alberto Terres.
Às 14h, os municipários se reúnem na sede do sindicato (Rua João Alfredo, 61, Cidade Baixa) para decidirem, em assembleia, se darão ou não continuidade à greve.
Escolas paralisadas
- Escola Municipal de Educação Infantil Cirandinha, bairro Independência (42 alunos)
- Escola Municipal de Educação Infantil JP Girafinha, bairro Santana (83 alunos)
- Escola Municipal de Educação Infantil Bairro Cavalhada, bairro Cavalhada (90 alunos)
- Escola Municipal de Educação Infantil da Vila Mapa II, bairro Lomba do Pinheiro (131 alunos)
- Escola Municipal de Educação Infantil Jardim Camaquã, bairro Camaquã (88 alunos)
- Escola Municipal de Educação Infantil Mamãe Coruja, bairro Azenha (86 alunos)
- Escola Municipal de Educação Fundamental Presidente João Belchior Marques Goulart, bairro Sarandi (498 alunos)
- Escola Municipal de Educação Fundamental Larry José Ribeiro Alves, bairro Restinga (786 alunos)
- Escola Municipal de Educação Fundamental Presidente Vargas, bairro Passo das Pedras (535 alunos)
- Escola Municipal de Educação Fundamental José Mariano Beck, bairro Jardim Carvalho (827 alunos)
- Escola Municipal de Educação Fundamental Gabriel Obino, bairro Teresópolis (651 alunos)
- Escola Municipal de Educação Fundamental Morro da Cruz, bairro São José (1019 alunos)
- Escola Municipal de Educação Fundamental de Surdos Salomão Watnick, bairro Intercap (38 alunos)
- Escola Municipal de Ensino Médio Emílio Meyer, bairro Medianeira (806 alunos)
Unidades de saúde afetadas
Região Norte / Eixo-Baltazar
- Unidade de Saúde Passo das Pedras I
- Unidade de Saúde Rubem Berta
Região Leste / Nordeste
- Unidade de Saúde Chácara da Fumaça
- Pronto-Atendimento da Bom Jesus
Região Partenon / Lomba do Pinheiro
- Unidade de Saúde São Carlos
Região Glória / Cruzeiro / Cristal
- Unidade de Saúde Tronco
Região Sul / Centro-Sul
- Unidade de Saúde Camaquã
- Unidade de Saúde Nonoai
- Unidade de Saúde Calábria