A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) apresentou, na manhã desta sexta-feira (29), um projeto de melhorias para o canteiro da Avenida Ipiranga, no trecho entre a Terceira Perimetral e a Avenida Cristiano Fischer, em Porto Alegre. No local, devem ser construídas áreas de descanso para ciclistas (espaço inédito na faixa exclusiva da via), instalados totens informativos e feitas intervenções artísticas por alunos.
As melhorias fazem parte do plano de adoção de áreas verdes, da prefeitura, que cede canteiros e terrenos desapropriados a quem se dispõe a conservá-los. A universidade será responsável por varrição, capina, roçada, pintura do meio-fio e manutenção da ciclovia — a previsão é de que R$ 200 mil sejam gastos nos dois anos do contrato.
Serão 11 mil metros quadrados de extensão de grama e 1.407 metros quadrados de novo paisagismo, segundo a instituição. A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos afirma que a adoção do espaço vai gerar uma economia de R$ 83 mil por ano aos cofres públicos, que corresponde à manutenção do trecho. Para manter a Ipiranga em toda sua extensão, a prefeitura gasta mais de R$ 500 anualmente.
— Essa manutenção leva 30 dias. Quando a gente chega numa ponta, o mato já cresceu na outra. É bem difícil de manter tudo — afirma o secretário Ramiro Rosário.
Como contrapartida, a PUCRS poderá explorar o espaço com publicidade institucional. O reitor Evilázio Teixeira define a adoção como um compromisso com a comunidade:
— Como todas as pesquisas que fazemos, queremos sempre gerar desenvolvimento. Somos uma universidade que sempre olhou para a sua cidade e para o seu Estado. É o compromisso em protagonizar transformações positivas.
O Executivo estima que existam 400 áreas com potencial de serem adotadas na cidade — 14 estão em processo de análise.
As obras na Ipiranga devem começar em abril, mas dependem de aprovação dos engenheiros da prefeitura. A previsão de conclusão é para o segundo semestre.
O prefeito Nelson Marchezan afirma que o interesse da PUCRS em adotar a área não vem de uma obrigação ou contrapartida:
— É um ato de boa vontade para com o município.
Em uma segunda fase, a universidade prevê ainda investimentos na passarela sobre a avenida.
O manual com o processo de adoção Verdes Complementares pode ser conferido através do link: https://prefeitura.poa.br/smsurb/projetos/verdes-complementares