Bicicletas e patinetes compartilhados vêm transformando o visual de vários bairros em Porto Alegre. Se antes os moradores já estavam acostumados com estações de bikes, agora também há um serviço que chegou há poucos dias na Capital em que elas ficam disponíveis em diversos cantos da cidade, como praças e calçadas.
Com equipamentos na cor amarela, elas ainda agregaram nova tonalidade à já colorida Cidade Baixa. Mas também são encontradas principalmente nos bairros Independência, Moinhos de Vento, Floresta, Mont’Serrat, Farroupilha, Auxiliadora, Rio Branco, Santa Cecília, Santana e Bom Fim.
Entre os comerciantes e moradores, se sobressaem comentários positivos em relação ao novo visual. Na Cidade Baixa, em mais de uma hora, a reportagem de GaúchaZH não ouviu reclamações sobre os equipamentos, nem registrou grandes problemas de circulação envolvendo pedestres.
Apenas uma bicicleta ocupava parte do espaço da estreita calçada da Rua Sofia Veloso e outra diminuía a área de acesso a um prédio na Rua José do Patrocínio. Em geral, as bicicletas que não necessitam de estação são deixadas em locais em que não atrapalham a mobilidade. Às vezes, são encontradas duas, cinco ou seis bikes juntas. São até consideradas um atrativo para comerciantes do bairro.
– Não tem nada de ruim, inclusive é bom para nós. As pessoas vêm retirar a bicicleta e acabam passando aqui para pegar água mineral ou uma capinha para celular – conta Débora Moreira, proprietária de uma banca de revistas em que, nesta terça-feira (26), havia três bicicletas da Yellow estacionadas ao lado, aguardando ciclistas.
Outra que celebra o crescimento de transporte compartilhado é Nilva Santos, dona de uma loja de bicicletas na Rua José do Patrocínio. Ao lado do estabelecimento dela havia sete exemplares da Yellow paradas.
– Não vejo como concorrência, pelo contrário. A pessoa vai andar um tempo e, se gostar, vai querer ter a sua própria – diz Nilva.
Além das bikes da Yellow, Porto Alegre conta com patinetes da marca Grin e equipamentos da BikePoa e da Loop.
Serviços disponíveis:
Yellow – Bike pode ser liberada por meio da leitura de QR code. O preço é de R$ 2 a cada 20 minutos e é preciso comprar créditos, via aplicativo móvel, antes de utilizar o serviço. Como não há estação fixa, o usuário localiza a bicicleta mais próxima no mapa do app. Funciona 24 horas por dia. Para as patinetes, o preço é de R$ 3 para o desbloqueio e R$ 0,50 a cada minuto de uso.
BikePoa – Aceita pagamento via aplicativo, cartão TRI ou cartão pré-pago. Para alugar bicicleta, é preciso ter um plano ativo – com valores que vão de R$ 8 ao dia a R$ 160 ao ano. Funciona das 6h às 22h e o sistema conta com 410 bikes distribuídas em 41 estações espalhadas pela cidade.
Loop Bike Sharing – Para utilizar, é preciso destravar a bicicleta através do aplicativo móvel. Há dois tipos de plano: diário, a R$ 7,90, e mensal, que custa R$ 19,90 – ambos com viagens ilimitadas de até duas horas. A hora excedente custa R$ 3,50. A retirada e a devolução são feitas em paraciclos identificados ou em estações próprias da plataforma. Opera durante todo o dia com 60 bikes e 29 estações, em oito bairros.
Grin – Aplicativo de patinetes elétricas compartilhadas. Custa R$ 3 o desbloqueio e o primeiro minuto de uso, e mais R$ 0,50 por minuto adicional. Funciona das 7h até as 22h.