Depois de confusão sobre o que aconteceria com os moradores afetados pela falta de água no fim de janeiro nas zonas leste e sul de Porto Alegre, o impasse chegou ao fim. O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) e a Defensoria Pública do Estado fizeram reunião nesta terça-feira (5) e chegaram a um acordo.
Moradores da Lomba do Pinheiro, da Agronomia e das imediações atingidos pelo problema precisarão, sim, pagar a conta de janeiro — mas não agora, mesmo que já tenham recebido a fatura. O Dmae se comprometeu a fazer um estudo da leitura dos hidrômetros referentes ao consumo do mês. O objetivo é verificar se houve algum erro na cobrança, já que moradores reclamam que são cobrados mesmo quando não há abastecimento.
A análise deverá ser feita até 27 de fevereiro. Depois, as contas começarão a ser reemitidas. Se houver erro, a fatura será reemitida com correção; se estiver correta, será enviada com o mesmo valor, sem cobrança de juros, com nova data de vencimento — que pode ser em março ou período posterior. Na prática, os moradores vão pagar a conta de janeiro em outro momento, juntamente com a conta de outro mês. Segundo o Dmae, a fatura de água é baseada no consumo: quando não há abastecimento, o morador não consome e, consequentemente, não há cobrança naqueles dias.
Para saber se está incluído no grupo que não precisa pagar o documento agora, o consumidor pode ligar para o telefone 156 da prefeitura, opção 2, ou procurar um posto de atendimento do Dmae (veja endereços abaixo).
Impasse
A informação inicial era de que os moradores afetados pela falta de água não precisariam pagar as contas de janeiro. O Dmae, no entanto, negou ter feito este acordo e informou que havia apenas a possibilidade de adiamento do prazo.
Moradores chegaram a ficar cinco dias sem água. Muitos precisavam esperar a chegada dos caminhões-pipa e encher os baldes para conseguir água para algumas atividades.
Na última sexta (1º), o prefeito Nelson Marchezan disse que a solução para o desabastecimento em regiões da Zone Leste e o Extremo-Sul passa pela construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) Ponta do Arado, obra sem previsão de início e que deve levar pelo menos três anos e meio para ser executada. Isso, caso chegue dinheiro do governo federal – são esperados R$ 232 milhões.
Postos de atendimento do Dmae
- Rua José Montaury, 159 - Centro Histórico
- Rua Fernando Gomes, 183 - Moinhos de Vento
- Rua Aliança, 70 - bairro Cristo Redentor