Atualização: um dia após a publicação dessa reportagem, o Dmae negou ter firmado o acordo anunciado pela Defensoria Pública. Na terça-feira (5), Defensoria Pública e Dmae chegaram a um acordo. Moradores da Lomba do Pinheiro, da Agronomia e das imediações atingidos pelo problema terão de pagar a conta de janeiro, mas em outro mês após o Dmae analisar se houve cobrança indevida.
Moradores de Porto Alegre que ficaram sem água devido a problemas de abastecimento do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) em janeiro não precisam pagar a conta. A medida foi anunciada pela Defensoria Pública do Estado, que disse ter feito acordo com o Dmae na quinta-feira (31).
Conforme a dirigente do Núcleo de Defesa Cível e coordenadora da Câmara de Conciliação da Defensoria Pública, Rafaela Consalter, ficou definido que a prefeitura não poderá suspender o serviço por falta de pagamento nas regiões afetadas nem cobrar juros e correção.
— Como o representante do Dmae na reunião não restringiu a determinado local, a ata ficou aberta, então vale para todos (os bairros que tiveram interrupção) — afirma a defensora pública.
O Dmae se comprometeu a realizar uma análise dos medidores de consumo para verificar se não foi contabilizado consumo inexistente — pela passagem de ar, por exemplo. A autarquia tem até 6 de fevereiro para apresentar um cronograma com as datas em que o estudo será feito.
Os porto-alegrenses que pagarem a conta e depois se sentirem lesados podem procurar a Defensoria Pública. Da mesma forma, o próprio Dmae se comprometeu a dar desconto nas contas seguintes dos ramais que tiverem cobrança indevida confirmada.
Os bairros mais afetados ficam nas zonas Leste e Sul. Na Lomba do Pinheiro, caminhões pipa levam água para os moradores, entre 7h e 8h e entre 18h e 20h. Os moradores afirmam, no entanto, que quantidade distribuída é insuficiente.