Há semanas com problemas no abastecimento de água, uma parte da população de Porto Alegre padece diante do calor — nesta quarta-feira (30), a sensação térmica ultrapassou 42°C. Para amenizar o problema, a Defensoria Pública do Estado enviou, na tarde passada, um ofício pedindo explicações ao Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).
A defensora Rafaela Consalter definiu o desabastecimento como um problema de "direitos humanos" em entrevista ao programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta quinta (31). Segundo ela, o objetivo inicial da Defensoria é, junto ao Dmae, mapear as localidades sem água e entender quais medidas emergenciais podem ser tomadas.
— Vamos tentar, primeiramente, soluções extrajudiciais, que a gente entende que são mais efetivas e mais rápidas em uma situação assim. Mas, se for o caso, vamos fazer, sim, a medida judicial — afirma.
Conforme Rafaela, uma das primeiras mudanças é tentar alterar o horário do caminhão pipa, que chega na Zona Leste por volta das 15h, quando muitos moradores ainda estão no trabalho. A Defensoria também defende um desconto na fatura da conta de água.
Segundo Rafaela, há um número considerável de crianças, idosos e cadeirantes que têm sofrido com a falta de abastecimento. Nesta quinta, um grupo deve se reunir, na Defensoria, para debater alternativas.
Defensores visitaram casas na Lomba do Pinheiro
Durante a tarde de quarta (30), dois defensores visitaram casas entre as paradas 13 e 14 da Lomba do Pinheiro e constataram que o problema persiste, apesar da informação dada pelo Dmae de que a situação tinha sido normalizada durante aquela madrugada. No bairro, a escassez já dura cinco dias — outras localidades da Capital, como casas da Zona Sul, também registram falta de abastecimento.
O ofício cobrando esclarecimentos foi encaminhado ao Dmae após a visita. A prefeitura da Capital confirmou que recebeu o documento e que irá responder dentro do prazo estabelecido.