Após a interdição, na terça-feira (15), de uma empresa que produzia pão de alho em Porto Alegre, a equipe de Vigilância em Saúde da prefeitura da Capital pediu para que redes de supermercados recolham das prateleiras os produtos produzidos pela fábrica, chamada Hzettermann Com. e Serviços LTDA.
Cerca de 10 rótulos do alimento foram recolhidos durante a vistoria no local, e devem passar por análise. Conforme a chefe da Vigilância de Alimentos, Paula Marques Rivas, o nome das marcas ainda não será divulgado.
— Notificamos a empresa e acreditamos que eles devem se manifestar ainda hoje. Os responsáveis precisam comprovar que eram contratados, como terceirizados, por outras empresas para produzir os pães. Daí poderemos dizer se houve fraude e em quais marcas — afirma.
Apesar de não informar o nome das marcas encontradas na empresa, a prefeitura orienta que o consumidor que desconfia do produto comprado verifique a embalagem. Se o alimento tiver sido produzido pela empresa Hzettermann, o consumo não é indicado. Contudo, nem todas as embalagens tem a informação correta, afirma a pasta.
Segundo Paula, além de estabelecimentos da Capital, o setor de Vigilância em Saúde do Estado foi notificado, para que opere junto a supermercados de outros municípios na retirada dos produtos.
— Acreditamos que era uma venda extensa, com abrangência de distribuição também na Região Metropolitana — diz Paula.
A prefeitura não sabe dizer há quanto tempo o estabelecimento funcionava. O local fica na Rua Professora Zilah Totta, no bairro Jardim Leopoldina.
Desde terça, GaúchaZH tenta contato com a empresa, sem sucesso. O texto será atualizado quando a reportagem conseguir o contraponto.
Interdição
Na terça-feira (15), uma equipe de fiscalização chegou ao local por suspeitar de irregularidades constatadas em vistorias anteriores em estabelecimentos na mesma rua, na Zona Norte. A empresa não tem alvarás de localização e de saúde nem autorização para produção.
Entre as irregularidades percebidas, destacam-se a presença de uma caixa de passagem de esgoto aberta no local, ausência de pia e kit de higienização para as mãos de manipuladores, sendo que alguns funcionários utilizavam roupas muito sujas.
Conforme a prefeitura, o local contava com uma câmara fria para manter os pães com alho prontos e embalados, mas a vistoria constatou que o aparelho estava desligado em função do barulho produzido pelo motor.