Marcelo Saliba vive um luto solitário e burocrático. Ainda não teve coragem de encarar milhares de fotos e vídeos divididos em dois pendrives de 15 gigabytes, onde estão os dados do celular e do computador de Débora Saliba, a irmã ciclista de 42 anos que morreu atropelada há dois meses pedalando em um sábado de manhã rumo ao trabalho, na zona sul de Porto Alegre. O condutor fugiu do local sem prestar socorro. Marcelo também reluta em dar o material aos sobrinhos, o casal de filhos de Débora, de 17 e 21 anos.
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