O prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, volta ao Rio Grande do Sul sem ajuda financeira do governo federal para a saúde do município. Nesta quinta-feira (13), ele teve reuniões em Brasília com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Gilberto Occhi (Saúde) na tentativa de conseguir verbas para os hospitais Universitário e de Pronto Socorro, cuja gestão era de responsabilidade do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp).
O Ministério Público apura fraudes em contratos com o Gamp — na semana passada, uma operação prendeu três gestores da empresa. Depois, a Justiça determinou que o Executivo assumisse imediatamente as unidades de saúde administradas pelo grupo. A situação tem como agravante o fato de os dois hospitais, além de o Nossa Senhora das Graças, estarem com atendimento restrito há quase um mês sob a justificativa de o Estado não estar repassando recursos.
— A saúde pública não só de Canoas, mas do Estado do Rio Grande do Sul, pode entrar em colapso — sustenta o chefe do Executivo do município, que recebe pacientes de diferentes cidades da Região Metropolitana.
Apesar de o governo federal ter negado ajuda financeira, afirmando que não há dinheiro disponível, o Planalto se comprometeu em disponibilizar duas pessoas do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e parte da equipe do Sírio-Libanês que está atuando no RS para analisar a situação de Canoas e propor um novo modelo de gestão.