O primeiro mutirão de negociações realizado para atender às famílias impactadas pela obra da nova ponte do Guaíba termina nesta quarta-feira (31). Das 129 audiências previstas, 104 já ocorreram. Desse total, 94 acordos mediados pela Justiça Federal do Rio Grande do Sul foram realizados.
Sem contar as 25 famílias que serão atendidas neste último dia, já há 72% de acordos fechados. Se houver conciliação em todos os casos desta quarta-feira, o percentual saltará para 92%.
Essa etapa é fundamental para garantir a continuidade das obras. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) precisa que 110 famílias sejam remanejadas da Ilha Grande dos Marinheiros para entregar parte da travessia nos próximos meses. Mesmo que alguma família que esteja no traçado da rodovia não aceite o acordo, sua casa poderá ser remanejada para uma área já desabitada, o que garantiria a continuidade da obra. O Dnit já tem recursos para realizar a transferência de 300 das mil famílias.
Às famílias, são apresentadas três possibilidades. A primeira é a chamada compra assistida, quando a autarquia adquire uma casa sugerida para a família. A segunda é a construção de uma unidade habitacional a ser viabilizada pelo Dnit. Se esta opção for escolhida, as famílias precisarão esperar mais tempo, pois as casas ainda precisam ser construídas, pois o licenciamento ainda está em análise pela prefeitura de Porto Alegre. A terceira escolha é o ressarcimento em dinheiro.
A construção da nova ponte começou em outubro de 2014. A obra já está 70,3% concluída.