Ao saberem via redes sociais sobre a possibilidade de greve dos caminhoneiros, motoristas de Porto Alegre estão lotando os postos de combustíveis da cidade desde a tarde deste domingo (2), como o Ipiranga da Avenida Nilo Peçanha, próximo à Praça da Encol.
Outros postos da Zona Norte da Capital – como o Ipiranga, na Avenida João Wallig, e o BR, na Avenida Assis Brasil, quase na saída da cidade – também registraram movimento desde a tarde deste domingo.
Por volta das 20h, no estabelecimento com bandeira Ipiranga na Avenida Nonoai, 713, mais de 30 carros se amontoavam na fila à espera de abastecimento. Não havia falta de combustíveis, mas o movimento estava acima do normal para o dia e horário.
— Nunca há fila neste horário, no domingo — contou um dos frentistas.
O motorista de Uber Jorge Saraiva, 42 anos, foi para a fila depois de ler no Facebook sobre a ameaça de greve. Acostumado a encher o tanque duas vezes ao dia, Jorge, que mora no bairro, adiantou-se e gastou R$ 200 para não ficar sem combustível no início da manhã de segunda-feira (3).
Por meio da assessoria, o Sulpetro, sindicato que administra os postos de combustíveis no RS, informou que não há falta de combustíveis nos postos. Se ocorrer, será por conta do aumento de consumo para o final de semana, quando os distribuidores não abastecem os postos, diz a entidade. Conforme o sindicato, postos de combustíveis da grande Porto Alegre e dos vales dos Sinos e do Paranhana tiveram movimento normal durante o final de semana.
A advogada Liziane Velasquez, 40 anos, leu no WhatsApp que faltaria combustível e decidiu arriscar no posto Ipiranga da Avenida Nonoai.
— Boato ou não, não posso ficar sem combustível porque estou gravida de seis meses. Como moro perto, assim que soube, vim pra fila — contou a advogada, que esperou cerca de 20 minutos antes de abastecer.