Quarenta dias depois do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, defender a conclusão parcial da nova ponte do Guaíba já em dezembro, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) segue aguardando os recursos que viabilizariam essa proposta. Marun afirmou que tentaria obter R$ 100 milhões com a União para acelerar as obras. Até agora, a promessa não se confirmou.
A autarquia montou um cronograma para contemplar a ideia do ministro. Se a verba chegar, a superintendência gaúcha acredita que será possível dar o que chama de trafegabilidade operacional, o que significa que um veículo poderia atravessar o Guaíba de um lado a outro — mas necessitando ainda das demais obras que garantiriam todos os acessos previstos no contrato. Para que as obras sejam antecipadas, 120 famílias precisariam ser retiradas da Ilha Grande dos Marinheiros até 31 de outubro. Ao todo, mil famílias terão de ser realocadas para a finalização da ponte.
Aos moradores será oferecida a chamada "compra assistida", que é a aquisição de um imóvel pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Caso as famílias aceitem, precisarão procurar um imóvel regularizado em qualquer parte do Estado no valor bruto entre R$ 158 mil e R$ 178 mil. Caso a conciliação não ocorra, o morador discutirá no processo judicial o valor da indenização que receberá da União. A Advocacia-Geral da União, que defende o Dnit nas ações judiciais, pretende divulgar na segunda-feira (10) a lista das cerca de cem famílias que estão no traçado da nova ponte e que serão as primeiras chamadas para aceitar ou não a compra assistida.
Atualmente, 66% da construção está concluída. O Dnit informa que ainda tem R$ 111 milhões em caixa para usar em 2018 na obra.