Contrários aos projetos enviados à Câmara pelo prefeito Nelson Marchezan, os municipários de Porto Alegre entram em seu segundo dia de greve, com adesão maior na área da educação. A paralisação deixa, nesta terça-feira (17), cinco escolas municipais fechadas e outras 50 com atendimento parcial. Os dados são da Secretaria Municipal da Educação (Smed).
O número de unidades afetadas representa 55% do total de 99 escolas da rede municipal. Das cinco escolas fechadas, duas são de ensino fundamental: a Afonso Guerreiro Lima e a Judith de Araújo. As outras três são de educação infantil: Vila da Páscoa, JP Cantinho Amigo e JP Meu Amiguinho.
Há ainda uma sexta escola de educação fundamental de portas fechadas — mas não devido à greve. A Emeef Lucena Borges não abriu, nesta terça, por falta de energia na região.
A partir das 14h, com objetivo de definir os rumos da greve, o Sindicato dos Municipários (Simpa) realiza nova assembleia, na Casa do Gaúcho. A mobilização se deve à contrariedade com os projetos enviados pelo prefeito, em regime de urgência, para a Câmara de Vereadores, e que mexem em benefícios dos servidores. Um dos principais foi rejeitado na última quinta (12), e outros devem ser votados a partir de agosto, após o recesso parlamentar.
Saúde
Até o momento, a Secretaria de Saúde (SMS) de Porto Alegre tem informações parciais que apontam que a unidade de saúde Beco do Adelar está fechada por conta da greve. A SMS ainda realiza levantamento junto às outras 138 unidades de saúde da Capital. Não há impacto, segundo a secretaria, nos atendimentos de urgência e emergência.