Pelo menos mil profissionais das Equipes de Saúde da Família de Porto Alegre prometem entrar em greve nesta quarta-feira (18). Os trabalhadores alegam que estão sem reajuste salarial há 24 meses e sob risco de perder 10% de gratificação do salário-base.
A decisão foi tomada em assembleia-geral por trabalhadores do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf), Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (Sergs) e Sindisaúde-RS realizada em 12 de julho. Eles pedem que a prefeitura "reponha a inflação calculada em cima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor", o equivalente a 9% da remuneração.
Por decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4), pelo menos 30% dos profissionais devem continuar atendendo a população. O presidente da Sergs, Estêvão Finger, reconhece que paralisações prejudicam a população, mas acredita que essa seja a única maneira de pressionar o poder público.
— Entendemos que paralisações como essa são sempre o último recurso porque prejudicam a comunidade, mas é a única maneira de pressionar. Estamos tentando dialogar há um ano e meio, sem sucesso — diz Finger.
A paralisação está prevista para começar às 8h e terminar às 18h. Uma nova assembleia deve acontecer em 24 de julho para votar uma possível greve geral, caso não haja avanços nas negociações com a prefeitura.
GaúchaZH aguarda retorno da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).