O Procon Porto Alegre realizou levantamento do valor do litro da gasolina comum em postos de combustível nesta sexta-feira (1º), após o fim da greve dos caminhoneiros. Forma pesquisados 33 estabelecimentos. Os 18 que tinham combustível aumentaram o valor em relação ao levantamento realizado em 18 de maio, três dias antes do início da paralisação. Quinze estavam sem gasolina.
O maior aumento (R$ 0,36) foi verificado nos postos que ficam nas avenidas Bento Gonçalves, 943 (de R$ 4,439 para 4,799) e Antônio de Carvalho, 1.585 (de R$ 4,499 para 4,859). O Procon vai verificar as notas fiscais desses locais para saber se houve aumento abusivo ou se foi repassado o reajuste praticado pela Petrobras e distribuidoras.
- A gente está desde o primeiro dia da greve verificando os preços. O Gabinete de Crise da prefeitura, a EPTC e a Guarda Municipal estão notificando todos os postos da Capital. Eles terão de apresentar as notas do combustível comprado das distribuidoras para compararmos com os preços do dia 18. A partir disso, com toda a documentação, será possível fazer uma análise técnica para saber se houve realmente aumento abusivo - ressalta a diretora do Procon Porto Alegre, Sophia Martini Vial.
O menor aumento foi verificado num posto da Rua Sarmento Barata, 22. O litro passou de R$ 4,515 para R$ 4,62. Esse também é o preço mais baixo do litro encontrado pelo Procon de Porto Alegre.
Diesel
Em relação ao diesel, os postos estão sendo notificados pelo Procon de que terão de baixar o valor em até R$ 0,46, conforme anunciado pelo governo federal. As notas fiscais estão sendo verificadas para fazer uma comparação com a primeira pesquisa do combustível, que será divulgada na segunda-feira (4).
- Precisamos saber ainda como vamos fiscalizar, já que tem uma questão envolvendo o biodiesel - afirma Sophia.
Ouvidas pela Agência Brasil, a Federação Nacional dos Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) e a Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência (Plural) afirmam que o governo não levou em conta a mistura de 10% de biodiesel na composição do combustível — segundo as entidades, considerando isso, a redução máxima que se pode conseguir é de R$ 0,41 e não os R$ 0,46 prometidos. Isso porque o biodiesel não sofreu redução de impostos.