Depois de uma terça-feira caótica, em que o Hospital de Clínicas de Porto Alegre chegou a pedir para que a Secretaria Municipal de Saúde e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não enviassem pacientes para a emergência, o número de pacientes no setor diminuiu nesta quarta-feira (2). Nesta manhã, são atendidos 89 pacientes para 41 leitos, e oito crianças para nove leitos pediátricos.
Apesar de o hospital ainda estar atendendo o dobro de pacientes de sua capacidade, a situação já é considerada dentro da normalidade — diariamente, o Clínicas atende um número de pacientes acima do número de leitos. O hospital pede que os pacientes procurem a instituição apenas em casos de emergência ou risco de morte – no entanto, não existe mais o alerta de restrição máxima.
Nesta terça-feira (1º), estavam sendo atendidos 115 pacientes para 41 leitos, o triplo da capacidade, o que fez com que houvesse um apelo para que não fossem encaminhados pacientes. A restrição máxima do atendimento da emergência do Hospital Conceição, que está passando por limpeza nos dutos de ar-condicionado, é um dos fatores considerados para o agravamento da situação. O local terá o atendimento normalizado na sexta-feira (4). Além disso, o fato de os postos de saúde terem fechado no feriado também pode ter piorado o problema.
Superlotação em outros hospitais
Outras emergências da Capital atendem um número de pacientes acima da capacidade nesta quarta-feira e priorizam casos de urgência. A Santa Casa tem 55 pacientes em atendimento para 24 leitos. O Hospital São Lucas, da PUCRS, atende 29 pacientes para um total de 15 leitos. O Hospital da Restinga informou que todos os leitos adultos e pediátricos da emergência estão ocupados, e que macas foram instaladas na sala de medicação adulta buscando suprir os atendimentos.