Palestrantes internacionais, pessoas que se dizem abduzidas ou contatadas por extraterrestres, interessados na ufologia e curiosos em geral se reunião a partir de hoje em Porto Alegre para participar do 23º Congresso Brasileiro de Ufologia, que ocorre até domingo. A organização destaca a presença de membros e consultores de órgãos oficiais e governamentais que trabalham em pesquisas ufológicas de cinco países da América Latina, inclusive o Brasil.
Com foco no relato de militares e em como se dá a investigação de fenômenos envolvendo objetos voadores não identificados (óvnis), o congresso pretende mostrar que o assunto é levado a sério inclusive por autoridades. Registros oficiais feitos em território brasileiro e também na Argentina, no Chile, nos Estados Unidos e no Uruguai devem ser apresentados ao público.
– Todos esses militares do Brasil e do Exterior vão relatar como investigam esses fenômenos e a que resultados chegaram. Queremos mostrar, de uma vez por todas, que há reconhecimento oficial relacionado à ufologia. Temos diversos exemplos só na América do Sul – diz o ufólogo Ademar Gevaerd, coordenador do congresso.
Conforme Gevaerd, a Argentina mantém, sozinha, mais de 25 mil registros de óvnis feitos por militares em um catálogo digital. Do Uruguai, Ariel Sánchez, vice-presidente da Comisión Receptadora y Investigadora de Denuncias de Objectos Voladores no Identificados (Cridovni), a entidade oficial da Força Aérea Uruguaia (FAU), vai ponderar que, mesmo após décadas de investigação, ainda faltam evidências conclusivas de que fenômenos ufológicos têm mesmo origem extraterrestre. Quanto ao Brasil, o coronel da reserva da Força Aérea Brasileira (FAB) Antonio Celente Videira deve falar sobre a trajetória histórica de pesquisa ufológica oficial.
O principal convidado do 23º Congresso Brasileiro de Ufologia, que tem sido realizado em diversas edições ao ano desde 2005, é o norte-americano Luis Elizondo, que comandou o Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP, na sigla em inglês), operação do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O programa, que funcionava no Pentágono, começou em 2007 e, oficialmente, foi extinto em 2012. Esperado para fazer a palestra de encerramento do evento, Elizondo informou nesta semana que não poderá vir ao Brasil, e sua participação será feita por videoconferência.
De acordo com Gevaerd, o público participante é variado: há pessoas que afirmam ter sido abduzidas por alienígenas, há interessados na ufologia e até leigos.
SERVIÇO
23º Congresso Brasileiro de Ufologia
Quando: de sexta (25) a domingo (27)
Onde: Hotel Embaixador: R. Jerônimo Coelho, 354 - Porto Alegre
Quanto: de R$ 230 (apenas conferências) a R$ 490 (incluindo jantar de confraternização e workshop)
Informações: (67) 3341-8231 e portoalegre.ufologiabrasileira.com.br
PALESTRANTES
Luis Elizondo (Estados Unidos)
Comandou o Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP), uma operação do Departamento de Defesa dos Estados Unidos que transcorreu secretamente dentro do Pentágono. Vai apresentar um painel chamado "Finalmente revelados os segredos que o Pentágono mantinha sobre UFOs" no domingo.
Júlio Chamorro (Peru)
Oficial da reserva da Força Aérea Peruana (FAP), foi fundador e diretor da Oficina de Investigación de Fenómenos Anómalos Aeroespaciales (OIFAA), a entidade oficial de seu país para pesquisa ufológica, criada pelo governo em 2002. Apresenta "Um protocolo conjunto de investigação de fenômenos aeroespaciais anômalos" no sábado.
Ariel Sánchez (Uruguai)
Vice-presidente da Comisión Receptadora y Investigadora de Denuncias de Objectos Voladores No Identificados (Cridovni), a entidade oficial da Força Aérea Uruguaia (FAU), é especialista em segurança aeronáutica, controle de tráfego aéreo e operação de radares. Vai falar sobre "A pesquisa ufológica oficial desenvolvida no Uruguai".
Andrea Simondini (Argentina)
Filha da pioneira ufóloga argentina Silvia Simondini, criou com ela o Museu OVNI, em Entre Rios. Andrea foi fundadora e é a atual dirigente do Centro de Estúdios del Fenómeno OVNI da República Argentina (Cefora), que pede governo do país a liberação de seus segredos. Apresenta "Os resultados da investigação ufológica oficial na Argentina".
Rodrigo Fuenzalida (Chile)
Foi consultor científico do general Ramón Vega, da Força Aérea Chilena (FACH), que propôs a criação do Comité de Estudios de Fenómenos Aéreos Anómalos (CEFAA), o órgão oficial chileno de pesquisa ufológica. Seu painel é intitulado "Duas décadas de investigações oficiais de UFOs no Chile".
Antonio Celente (Brasil)
Antonio Celente Videira, residente no Rio de Janeiro, é coronel da reserva da Força Aérea Brasileira (FAB) e um dos dirigentes da prestigiada Escola Superior de Guerra. Envolvido em ufologia desde a década de 1960, acompanhou de perto todas as ações da Aeronáutica em seus esforços para conhecer a natureza do Fenômeno UFO.
Fonte: 23º Congresso Brasileiro de Ufologia