A concessão do Mercado Público de Porto Alegre à iniciativa privada é vista com bons olhos pelos representantes dos comerciantes do local. Nesta quinta-feira (17), a prefeitura divulgou os pré-requisitos para entidades constituírem modelos de negócio e gestão — a partir dessas propostas, será escolhido o novo modelo e, depois, lançada a licitação para concessão.
— Queremos que o Mercado funcione bem, que o prédio seja bem cuidado. Somos os habitantes, principais interessados. A PMI (Proposta de Manifestação de Interesse) vai ao encontro do que estamos falando há muito tempo — disse a 2ª secretária da Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), Adriana Kauer, ao programa Gaúcha+.
Além de aprovar a mudança na administração, os permissionários se mostraram interessados em apresentar uma proposta.
— Ninguém melhor do que nós para gerir o Mercado Público. Quando passam pelas nossas mãos, as coisas acontecem — disse Adriana.
No início do mês, um acordo entre permissionários, prefeitura e Ministério Público foi homologado para que os comerciantes realizem as adequações necessárias para reabrir o mezanino do prédio histórico. A construção necessitará de um novo Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI), já que o produzido pela prefeitura em 2014 estava baseado em regras antigas, alteradas em 2016. Pelo acordo, os comerciantes bancarão o plano e as obras em troca de quitar dívidas trabalhistas da época em que eram os administradores do Mercado.
Conforme Adriana, além do pagamento de aluguel e condomínio à prefeitura, os comerciantes têm de fazer aportes extras para garantir o bom funcionamento do Mercado.