A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) no Rio Grande do Sul suspendeu nesta sexta-feira (20) a demolição do que restou do Ginásio da Brigada Militar (BM), localizado na esquina das avenidas Ipiranga e Silva Só, em Porto Alegre. A estrutura foi parcialmente destruída durante temporal ocorrido em outubro de 2017.
Fiscais do ministério estiveram no local, no dia 16 de abril, e constataram risco aos trabalhadores e à população, ausência de projeto técnico e irregularidades trabalhistas. Na oportunidade, era feita a limpeza da área e ainda não havia começado a demolição.
A empresa contratada por dispensa de licitação para realizar o serviço, a AMG Construtora, terá 10 dias para apresentar projeto técnico. A SRTE decidiu realizar a fiscalização após saber da demolição em por reportagens de GaúchaZH.
— Trata-se de um paredão que pode gerar risco aos trabalhadores e à população em geral. É preciso saber como essa demolição será realizada — afirma o auditor fiscal e chefe de planejamento da SRTE, Mauro Müller.
Logo após a apresentação do projeto técnico, os fiscais do trabalho decidirão sobre a liberação ou não da demolição do ginásio. Entre as irregularidades trabalhistas encontradas, estão: falta de vestiário, instalações sanitárias, água potável, local para refeições e equipamentos de proteção para os funcionários.
O governo do Estado pretende arrecadar R$ 40,5 milhões com a venda do terreno onde fica o ginásio da BM. A expectativa, antes da suspensão da demolição, era de concluir os trabalhos até o fim de maio.
A BM não foi informada da suspensão da demolição pela empresa e por isso não vai se manifestar. Ninguém da AMG foi encontrado por GaúchaZH — o texto será atualizado se a empresa se manifestar.