Apesar do protesto de ex-comandantes da corporação, o governo do Rio Grande do Sul manteve a decisão de demolir o Ginásio da Brigada Militar, danificado por um temporal há quase quatro meses. A empresa contratada para derrubar as paredes do pavilhão está realizando uma avaliação técnica no local antes de iniciar os trabalhos.
Secretário adjunto da Segurança Pública, o coronel Everton Oltramari diz que a demolição do prédio e o leilão do terreno foram acertados entre a secretaria, o comando-geral da BM e o comando-geral do Corpo de Bombeiros para construção de prédios mais modernos em outras áreas da cidade.
Com o dinheiro da venda, a pasta promete erguer um novo complexo esportivo no terreno da Academia de Polícia Militar, na Avenida Aparício Borges, e uma nova Escola de Bombeiros na área do Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete), no bairro Menino Deus.
— A gente compreende o saudosismo do pessoal antigo por conta da questão histórica do prédio, mas temos de buscar a modernização da instituição. Essa estrutura é muito antiga, da década de 1960 — diz o coronel Oltramari. — O complexo na Aparício Borges será muito mais amplo e moderno, com várias modalidades esportivas, pista de atletismo oficial, sala de musculação, centro de fisioterapia. Não teríamos recursos para fazer isso sem esse modelo de leilão.
Avaliado em R$ 41 milhões, o terreno na esquina das avenidas Ipiranga e Silva Só deve ser leiloado até o final de fevereiro, junto com o terreno de trás, onde hoje funciona a Escola de Bombeiros do RS. As duas áreas irão a leilão pelo preço inicial de R$ 119,1 milhões.