A decisão do governo estadual em demolir o Ginásio da Brigada Militar, na esquina da Ipiranga com a Silva Só, deve enfrentar resistência de parcela da corporação. Um grupo de 24 ex-comandantes estuda medidas judiciais para impedir a derrubada do prédio, que foi danificado por um temporal.
– Há uma revolta porque é uma injustiça. O Ginásio da Brigada é um prédio tradicional e histórico. Foi construído em 1963, por soldados e praças, em tempo recorde. Formaturas de soldados, cabos, sargentos e oficiais são feitas ali – afirma o coronel da reserva Nilso Narvaz, ex-comandante da BM. – Vamos usar todos os meios necessários e legais para preservar nosso patrimônio – acrescenta.
O Ginásio da Brigada recebia cerca de 4,5 mil pessoas por mês para a prática de esportes como judô, futebol, vôlei, basquete e musculação. No início de outubro, um forte temporal arrancou metade do telhado do pavilhão, e as atividades foram suspensas. A reforma da cobertura chegou a ser cogitada, mas, no início de janeiro, o governo estadual anunciou que vai leiloar o terreno.
A demolição das paredes do ginásio, que ameaçam cair, está prevista para começar ainda nesta semana – o objetivo é afastar qualquer possibilidade de acidente. A ideia é levar o terreno do ginásio a leilão em fevereiro.