Com receio de que uma parede possa desabar, o Conselho Regional de Engenharia ( Crea- RS) pediu providências à Brigada Militar em relação ao ginásio situado na esquina das avenidas Ipiranga e Silva Só. Boa parte do telhado foi arrancada por um violento temporal no início de outubro.
— Aquela cobertura funcionava como uma amarração. E, quando falta esse elemento de amarração, qualquer ação externa, como um vendaval, pode provocar um novo problema – diz o engenheiro civil Marcelo Saldanha, que, além de conselheiro do Crea, é vicepresidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape- RS).
Foi Saldanha quem solicitou à Gerência de Fiscalização do Crea que a Brigada fosse notificada. Mas essa advertência serve apenas como alerta – o conselho não tem poder de multar ou punir. O presidente em exercício do Crea, Astor Grüner, diz que “ o mais sensato seria interditar o local e o seu entorno”:
— Quando ocorre um caso desses, as providências devem ser tomadas o mais rápido possível.
Uma voz destoante é do engenheiro Atilio Zanotto Nichele, que preside no Rio Grande do Sul a Associação Brasileira de Engenheiros Civis.
— Se o telhado não está mais ali, então o peso sobre a estrutura que sobrou passa a ser menor. Não vejo maiores riscos neste caso – avalia Nichele.
Questionada sobre quais providências serão tomadas e sobre quando será feita a reparação do ginásio, a Brigada Militar não respondeu à coluna até o fechamento desta edição.