A falta de água nas torneiras e nos vasos sanitários de banheiro da Redenção fez a comerciante Alice da Cunha, 66 anos, comparar Porto Alegre às áreas de seca no Nordeste:
— Não sai uma gota de água. Isso parece o sertão. O ser humano não consegue nem lavar as mãos direito.
Alice relata que, para amenizar o problema em um dos principais parques da cidade, foi colocado um tonel com água dentro do banheiro, que tem entrada pela Avenida José Bonifácio. Com um balde, os usuários despejam na privada a água que não chega pelos canos.
— Estamos pedindo socorro. Era uma coisa pequena que se tornou graúda — acrescenta a comerciante, que trabalha no brique.
GaúchaZH conversou com funcionárias que atuam na limpeza do local na manhã desta quinta-feira (4). Elas contam que o tonel e o balde são usados há pelo menos sete meses, mas que a falta d'água vem de anos e atinge o banheiro feminino e o fraldário — no masculino, o sistema funciona normalmente. O maior problema é aos fins de semana, quando a Redenção concentra o maior número de pessoas.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), que, em nota, informou que "realizou uma vistoria nos banheiros citados com sua equipe da administração do Parque Farroupilha" e que "encaminhou para resolução" o problema.