Correção: aproximadamente 880 toneladas de lixo domiciliar são recolhidas pela coleta manual diariamente, e não 880 quilos como publicado entre 23h20min de 10 de abril e 22h7min de 11 de abril. O texto já foi corrigido.
Mesmo após a tumultuada liberação de caminhões para coleta de lixo domiciliar em Porto Alegre, às 19h desta terça-feira (10), o serviço voltou a ser paralisado horas depois. Porém, segundo o secretário municipal de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário, por volta da meia-noite desta quarta-feira (11), a coleta foi retomada parcialmente. Segundo ele, 18 dos 22 caminhões já estão nas ruas da Capital.
Segundo relato de garis, que trabalhavam no centro da Capital na noite desta terça, homens armados em um carro teriam feito ameaças e mandado os caminhões retornarem à garagem da terceirizada.
Pelo menos oito caminhões foram escoltados pela Guarda Municipal do Largo Glênio Peres até a empresa. Os demais voltaram por conta própria. De acordo com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), a B.A. Meio Ambiente montou uma operação para que os veículos voltassem às ruas na madrugada.
No começo da manhã desta quarta-feira, várias ruas e avenidas de Porto Alegre seguiam com lixo acumulado. O recolhimento foi parcial na madrugada e a previsão é ter todos os caminhões na rua ao longo da manhã. Segundo o secretário, a estimativa é de que o serviço seja normalizado até o começo da quinta-feira.
Paralisação
Durante toda a terça-feira, funcionários da empresa terceirizada cruzaram os braços em protesto contra problemas no pagamento de salários e de outros benefícios, além de impedirem a saída dos veículos das garagem. O local foi liberado à noite, após a Brigada Militar utilizar bombas de efeito moral.
De acordo com Ramiro Rosário, a paralisação indevida poderá causar sanções contratuais à empresa, como a aplicação de multa.
A origem do problema está na forma como a prefeitura repassa os recursos à terceirizada, responsável por recolher diariamente 880 toneladas de lixo por meio da coleta manual. O Executivo costumava pagar uma parcela no início do mês e outra depois do dia 20. No entanto, a administração municipal mudou o procedimento.
A terceirizada sustenta que, por isso, não conseguiu pagar os funcionários na data correta. A SMSUrb tomou a decisão após o Tribunal de Justiça derrubar uma liminar que obrigava o pagamento em duas parcelas.