O Hospital de Clínicas de Porto Alegre vai finalizar as obras de ampliação quase seis meses antes do previsto. A expectativa era concluir os trabalhos no final de 2018. O ritmo dos trabalhos foi acelerado nos últimos dois meses e deve permitir a antecipação do cronograma.
Atualmente, as obras alcançaram 72% de conclusão. A reportagem visitou o local na terça-feira (17) para saber sobre o andamento das atividades. Boa parte da fachada visível da Avenida Osvaldo Aranha está pronta, inclusive com a colocação de vidros e o revestimento na parede. No canteiro de obras, os sistemas de instalação elétrica, as lajotas do piso e até os acabamentos já estão no lugar.
O motivo que fez as obras avançarem no local foi um aporte financeiro liberado pelo governo federal no mês de agosto – os valores eram repassados anualmente pelo Ministério da Educação, já que a instituição é vinculada à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mas como a verba planejada para ser disponibilizada até o final das obras foi totalmente liberada em agosto, a instituição mudou os planos.
— Estamos com um ritmo de obra bastante acelerado. Já estamos com 72% do ritmo de obra. A obra está num ritmo bastante adequado, para cumprir essa meta para julho de 2018, e ainda na tentativa de já liberar parte das obras em março de 2018 — afirma o engenheiro responsável pela obra, Fernando Martins Pereira da Silva.
Além disso, a previsão de início dos trabalhos nos novos prédios foi adiantada do início de 2019 para o segundo semestre de 2018.
Pendência para equipamentos e contratação de profissionais
A presidente do Hospital de Clínicas da Capital, Nadine Clausell, frisou que há, no entanto, alguns entraves para que os novos anexos funcionem a pleno, como a compra de equipamentos e a contratação de servidores para atuar no local. Nos próximos dias, devem ser realizados estudos para estipular como e quando ocorrerão as aquisições dos itens e o concurso para os servidores.
— A parte de equipamentos, que estamos orçando, é um capítulo. Vamos transferir coisas do prédio antigo para lá. Alguma coisa a gente consegue colocar a funcionar no segundo semestre do ano que vem. Mas sem grandes expectativas. Uma coisa é conseguir verba para obras. Outra é para equipamentos e pessoal. Estamos orçando e apresentando projetos para o MEC — disse Nadine.
A obra, que começou a ser realizada em junho de 2014 ao custo de R$ 397 milhões, ampliará em 70% a área física do hospital. Os dois anexos que estão sendo erguidos aumentarão a emergência do Clínicas de 1,7 mil metros quadrados para 5 mil metros quadrados. Serão 150 novos leitos de internação, o que poderá até triplicar a capacidade da emergência. Cada um dos novos prédios terá dois estacionamentos. O começo dos trabalhos foi suspenso por seis meses em razão dos questionamentos de entidades ambientais, que reclamavam do corte de 284 árvores no local.