No início do século 20, os professores da Faculdade de Medicina, que havia sido inaugurada em 1898, já sonhavam com a construção de um hospital-escola, onde o ensino pudesse ocorrer lado a lado com a assistência à população. Em 1938, o terreno onde antigamente funcionava o campo de polo da capital gaúcha foi adquirido para a construção do prédio. Em 1943, a pedra fundamental do Hospital de Clínicas seria finalmente lançada.
A primeira internação de um paciente, entretanto, só ocorreria em 1972. No estacionamento, que então parecia imenso, alguns Fuscas, último modelo, aguardavam os poucos funcionários e os ainda menos numerosos pacientes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Foi neste hospital, novinho em folha, que, no dia 23 de maio (na próxima terça-feira, completam-se 45 anos), a Ala Norte, do quarto andar, recebeu o primeiro paciente, na especialidade de nefrologia, para ser internado. Poucos meses antes, mais precisamente no dia 2 de fevereiro, havia acontecido a primeira consulta ambulatorial, na área de endocrinologia. Estes atendimentos, realizados em 1972, marcaram o efetivo funcionamento do Clínicas, que havia sido oficialmente criado como Empresa Pública de Direito Privado, em 19 de julho do ano anterior.
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Agora, são mais de 930 mil internações e 8 milhões de consultas, além de 70 milhões de exames, 1 milhão de cirurgias, 121 mil partos e 7 mil transplantes. Com 843 leitos, o Clínicas interna, em média, 661 pacientes por semana – o que corresponde a 20% das internações em geral e 27% das de alta complexidade na capital gaúcha.
Assim como os antigos Fuscas, o velho estacionamento também já é apenas história. Em seu espaço, hoje, erguem-se dois novos anexos, que vão ampliar a área do Hospital de Clínicas de Porto Alegre em 70%.
Colaborou Elisa Kopplin Ferraretto