Em novo anúncio nesta quarta-feira (25), a Petrobras confirmou aumento de 0,6% no preço da gasolina comercializada nas refinarias, valendo a partir desta quinta-feira. Trata-se do segundo aumento do combustível somente nesta semana: na terça-feira, a estatal divulgou reajuste de 1,7% para a gasolina. O primeiro aumento já foi sentido pelos motoristas, de acordo com levantamento realizado nesta quarta em 20 postos de Porto Alegre.
O novo reajuste fez o Procon de Porto Alegre realizar uma pesquisa extraordinária de preços em postos de combustíveis da Capital nesta quarta. O órgão havia divulgado, na segunda-feira (23), uma atualização dos preços em 44 estabelecimentos, com valores entre R$ 3,749 e R$ 4,140.
— Não temos o que fazer em relação a essa política de reajustes da Petrobras. Os postos são livres para cobrarem o preço que quiserem. Nossa intenção com as pesquisas de preços é oferecer a opção de escolha ao consumidor. Ele já sai de casa sabendo onde está mais barata a gasolina. Porque se sair procurando, pode gastar ainda mais combustível, não vale a pena — afirma a diretora executiva do Procon Porto Alegre, Sophia Martini Vial.
Nova política
Desde julho, a Petrobras executa uma nova política de reajustes da gasolina e do diesel com o objetivo de aumentar a frequência de ajustes nos preços. E os aumentos nas refinarias poderão ocorrer a qualquer momento, inclusive diariamente, como nas últimas semanas. Dos 20 postos visitados pela reportagem nesta quarta, em 9 deles constatou-se preços mais elevados do que os praticados 30 dias atrás. Nos demais, 6 estabelecimentos oferecem preço mais baixo e outros cinco não alteraram os valores.
O litro da gasolina comum custava, na média desses 20 postos, R$ 3,963 em 25 de setembro. O litro mais caro chegava a R$ 3,999. Agora, valor médio do litro está em R$ 4,037, uma alta de 1,87%. O litro mais caro encontrado nesta quarta custava R$ 4,198, uma elevação de 5% em relação ao maior valor de 30 dias atrás (R$ 3,999).
— As distribuidoras também não estão gostando dessa política da Petrobras de aumentos diários nos combustíveis. O revendedor não tem como passar diariamente esse preço ao consumidor, não consegue — afirma o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), Adão Oliveira.