Não precisa ser Moisés ou ter superpoderes para caminhar no leito do Dilúvio. Em um trecho de mais de 100 metros no bairro Santa Cecília, fica a impressão de que o arroio está secando – um bancão de areia toma conta de até três quartos do leito – entre as vias João Guimarães e Doutor Alcídes Cruz.
O estudante Samiro Souza, 23 anos, que passa pelo ponto diariamente, conta que faz menos de um mês que o "fenômeno" começou a ocorrer. Sobre a areia, ficam expostas as evidências da poluição: há pneus, garrafas e sacolas plásticas.
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– Eu acho um absurdo essa sujeira. A pessoas tinham que cuidar disso aqui – queixa-se Samiro.
De acordo com a Divisão de Conservação do DEP, o arroio Dilúvio não está secando. "Este é um processo natural, que ocorre todos os anos e o DEP está acompanhando", afirma a assessoria de imprensa da Secretaria de Serviços Urbanos (Surb).