O anúncio de que a prefeitura de Porto Alegre não quitará os salários dos servidores municipais até o último dia do mês a partir de junho gerou indignação na categoria. Alberto Moura Terres, diretor-geral do Sindicato dos Municipários (Simpa), definiu a medida como uma forma de "atacar os servidores".
– Lamentavelmente, o prefeito, desde que assumiu, vem fazendo terrorismo para cima da categoria dos municipários e da população, dizendo que a situação financeira de Porto Alegre é igual à do Estado. Isso não é verdade – afirmou Terres ao Gaúcha Repórter.
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Na interpretação do sindicalista, a ideia de Nelson Marchezan é "sucatear os serviços públicos para terceirizar":
– O prefeito, no lugar de apresentar projetos para a situação financeira e combate à sonegação, priorizou fazer o enfrentamento aos servidores e acabar com as políticas públicas desta cidade.
Nesta segunda-feira, o secretário Leonardo Busatto (Fazenda) disse que o Executivo só terá condições de pagar integralmente os R$ 180 milhões equivalentes à folha de pagamento do funcionalismo até maio. Segundo o secretário, irão faltar cerca de R$ 40 milhões para fechar a folha do mês de junho. Busatto, que foi sub-secretário do Tesouro do RS antes de assumir a pasta no município, afirmou que administração irá adotar critérios similares aos escolhidos pelo governo do Estado.
– Vamos tratar o parcelamento de maneira isonômica, quitando primeiro os salários menores e parcelando os maiores, numa sistemática parecida com a do Estado – confirmou.