O homem que foi preso suspeito de participar do roubo que terminou na morte do policial militar da reserva Roberto Pinceta, na zona sul de Porto Alegre, já havia sido investigado por outro latrocínio. Ronaldo Cirne Coelho foi indiciado pela morte do empresário Lairson Kunzler, no final de 2014. No entanto, foi absolvido do crime de latrocínio e condenado apenas por associação criminosa.
Três dias após a morte do PM, Ronaldo foi preso por receptação e interrogado pela primeira vez pela polícia. O outro preso Wagner Cassafuz Cirne, 26 anos, é primo de Ronaldo e foi o autor dos disparos.
O diretor da Delegacia Regional de Porto Alegre, delegado Eduardo Hartz ressalta a atuação da 13ª Delegacia de Polícia em casos de latrocínio. Desde dezembro, de oito casos, sete foram concluídos pela investigação.
"O crime de latrocínio é mais difícil de ser investigado, porque tu não tem uma motivação que pode levar ao autor", explica.
Receptação
A partir da identificação dos executores do crime, a polícia pretende manter a investigação sobre o caso, com o objetivo de descobrir quem eram os receptadores. "A investigação do latrocínio terminou, agora quanto ao veículo que seria do interesse deles, possivelmente vamos abrir um outro tipo de investigação, para desvendar quem estava tentando receptar esse veículo", diz o delegado Luciano Coelho, titular da 13ª DP.
Caso
O policial militar da reserva foi baleado no dia 14 de setembro, na Avenida Otto Niemeyer, nas proximidades com a Avenida Cavalhada, zona sul de Porto Alegre. De acordo com a assessoria da Brigada Militar (BM), Roberto Pinceta foi atingido por um tiro na cabeça e encaminhado ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) logo depois do crime.
Segundo a polícia, um homem armado abordou a vítima para roubar o veículo em que ele estava, um Prisma azul. O criminoso, que vestia um moletom vermelho e calça jeans, fugiu em seguida. Ele teria ido em direção à região do Jardim das Palmeiras.
O policial, que estava armado, teria reagido. Doze viaturas e um helicóptero foram acionados para atender a ocorrência e fazer buscas no local.
Antes de ir para a reserva, Pinceta atuava no Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Porto Alegre.
Roberto Pinceta atuou no Batalhão de Operações Especiais da BM (foto: reprodução)