Alvo de denúncias de irregularidades no serviço de limpeza de bueiros em Porto Alegre, o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) anunciou uma série de mudanças nesta segunda-feira (18). A partir de agora, todos os contratos em andamento serão acompanhados por seis fiscais.
O órgão, junto com a Procuradoria-Geral do Município, constatou nos últimos cinco dias, após as denúncias virem à tona, que apenas um fiscal cuidava de todos os 16 contratos da Divisão de Conservação, responsável pela limpeza dos equipamentos de drenagem. O diretor interino do DEP, Lieverson Perin, afirmou que a centralização, poderia ser boa para uma pessoa, mas não para a população.
"Detectamos uma desorganização do trabalho efetuado, um falta de comunicação. Essas informações não eram divididas entre outros órgãos de governo. Tudo favoreceu para que isso tivesse acontecido", disse o diretor interino.
O DEP também anunciou um cronograma para atender às demandas do telefone 156. Há 22,5 mil pedidos de cidadãos pendentes, sendo 2,7 mil só de limpeza de bueiros. No entanto, é possível que entre os 22 mil pedidos exista muita coisa repetida. O diretor interino disse que pretendem investir em tecnologia. Uma das ideias é de instalar sensores eletrônicos em pelo menos 15 conhecidos pontos de alagamento na Capital. Os sensores vão ajudar a monitora a limpeza de equipamentos de drenagem.
Empresas terceirizadas tiveram pagamentos suspensos até que os novos gestores do DEP comprovem que os serviços foram realmente executados. O departamento confirmou o rompimento de contrato com a JD Construções e com a empresa Grimon Saneamento e Construções Ltda, responsável pela construção da Casa de Bombas da Vila Minuano. A obra custou R$ 9,1 milhões e foi executada com defeitos que impedem o funcionamento da Casa de Bombas.
Além de abrir sindicância e substituir o engenheiro que fazia a fiscalização do contrato com a empresa responsável pela limpeza dos bueiros de Porto Alegre, o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) trocou todos os engenheiros chefes e encarregados das Seções de Conservação Centro, Sul, Norte e Leste. O ex-diretor do departamento, Miguel Barreto, e o adjunto, Francisco Mellos, foram afastados de maneira cautelar e preventiva visando à apuração dos fatos.