Os 50 relógios de rua de Porto Alegre que estão desligados não têm data para voltar a funcionar. A falta de perspectiva no prazo tem um motivo: nenhuma empresa apresentou proposta à licitação que ocorreu na tarde da última quarta-feira.
– Pensei que teria interessados. Fizemos audiência pública sobre o tema e atendemos o interesse das empresas que reivindicaram mais prazo. A abertura dos envelopes era pra ter sido feita em outubro e o prefeito prorrogou até janeiro a pedido das empresas. Ontem, as empresas se fizeram presentes, mas ninguém ofereceu envelope com proposta – conta o coordenador do Grupo de Trabalho do Mobiliário Urbano, Arnaldo Guimarães.
O edital prevê a instalação e manutenção do mobiliário urbano da cidade por 20 anos. O mobiliário é formado por relógios de rua, paradas de ônibus, placas com nome das vias, totens de informações e mupis (pontos de água quente para chimarrão e chuveirinhos). De acordo com o coordenador, não há como fazer as melhorias sem processo licitatório. O valor que envolve as mudanças é de aproximadamente R$ 400 milhões. Em contrapartida, as empresas explorariam a publicidade.
Após nenhuma empresa participar da licitação, a situação segue indefinida. O GT do Mobiliário Urbano deve se reunir com o prefeito para definir se o certame será republicado ou não. A reunião ainda não tem prazo para acontecer.