A Polícia Civil divulgou, nesta sexta-feira, os retratos falados dos suspeitos de terem abusado sexualmente de uma universitária de 21 anos no Parque da Redenção, na Capital, na semana passada. O caso ganhou notoriedade após a própria vítima ter desabafado sobre o estupro, que ocorreu próximo do meio-dia de uma segunda-feira, e o suposto descaso do atendimento pela polícia.
Na tarde desta sexta-feira, a universitária foi ouvida durante cerca de três horas na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) da Capital, acompanhada de dois advogados. Além de recontar como o abuso aconteceu, ela fez o retrato falado dos agressores a peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) - que contam com uma ferramenta capaz de produzir projeções realistas de suspeitos.
- Os dois têm entre 20 e 25 anos e de 1m70cm a 1m75cm - revelou o diretor do Departamento de Polícia Metropolitano (DPM), delegado Cléber Ferreira, que passou a ser o porta-voz da corporação no caso.
Quem tiver informações pode colaborar com a investigação indo até a Deam (Rua Professor Freitas e Castro, no Palácio da Polícia) ou ligando para (51) 3288-2173.
De acordo com Ferreira, os investigadores já identificaram o apelido de um dos suspeitos, graças à colaboração de testemunhas. Imagens de segurança da Redenção ainda estão sendo aguardadas para tentar corroborar a suspeita e ajudar a identificar o segundo agressor da jovem.
Ainda segundo o diretor, a sindicância para apurar se houve negligência no atendimento à jovem está em andamento, mas a servidora que a atendeu no dia do boletim de ocorrência está de licença, porque casou. Assim que retornar, a atendente deve ser ouvida, assim como os demais funcionários que se envolveram com o caso naquele dia.
- Hoje (sexta-feira) eu finalmente recebi o atendimento que eu devia ter recebido naquele dia (do registro policial). Me trataram bem, procuraram saber o que aconteceu e admitiram que o atendimento possui falhas, além de terem prometido melhorias - contou a universitária, que pediu para ter o nome mantido em sigilo.
Conforme ela, a repercussão do caso tem lhe provocado "cansaço", mas se diz contente pela possibilidade de que a própria história provoque mudanças:
- Infelizmente passei por isso, mas vai ser uma vitória se eu puder beneficiar outras mulheres - afirmou.
Veja o desabafo da jovem na íntegra: