Desde o início da greve dos servidores da saúde, o número de pacientes que procuram as emergências dos hospitais do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) diminuiu. Conforme o diretor-superintendente do local, Carlos Eduardo Neri Paes, em média, 1.660 pacientes procuram o pronto atendimento das emergências por dia. Nesta terça-feira (01), até às 18 horas, 714 pessoas foram atendidas, uma queda de 57%.
A diminuição se justifica pelo receio da população em procurar os hospitais que anunciaram a paralisação e eventual triagem nas emergências. Segundo Neri Paes, nesta terça-feira (01), funcionários do setor de nutrição do Hospital Cristo Redentor ameaçaram paralisar as atividades.
“Nós recebemos a informação que o setor da nutrição do Hospital Cristo Redentor poderia deixar de fornecer alimentação aos pacientes. Nessa situação, fomos alertados e informamos ao Ministério Público (MP), que, posteriormente, fez contato com a área jurídica do sindicato da categoria. Os servidores, sabendo do risco, inclusive de penalização criminal, optaram por voltar ao trabalho”, afirma Neri Paes.
O presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde, Arlindo Ritter, afirma que não houve ameaça de paralisação total e não confirma o contato do MP com o setor jurídico da instituição. Eles afirmam que estão sofrendo represálias, incluindo corte do ponto dos funcionários que chegam para trabalhar.
Ainda de acordo com o diretor-superintendente, desde a quinta-feira passada (27), com o início da greve, 30% das cirurgias eletivas não foram realizadas por falta de pessoal. Apesar disso, o Grupo Hospitalar Conceição afirmou, nesta terça, que os pacientes com consultas ou cirurgias marcadas devem ir até o local para serem atendidos, assim como as pessoas que precisam de atendimento emergencial.
O Grupo Hospitalar Conceição gerencia os hospitais Conceição, Cristo Redentor e Fêmina.