Dezesseis, dos quase 500 km de ciclovia previstos no Plano Diretor Cicloviário de Porto Alegre estão prontos. Mas a ideia de triplicar esta parcela até o ano que vem, não esbarra na burocracia pública, e sim, nos empreendimentos privados. É que prefeitura promete 50 km prontos até a metade de 2014, mas parte deles são contrapartidas de empreendimentos que se instalam na cidade. O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Capellari, afirma, inclusive, que o problema não é falta de dinheiro.
- Nos temos até recursos sobrando. Muitas vezes não conseguimos colocar em implantação devido à burocracia. O maior problema são as contrapartidas de empreendimentos, que são um processo bastante complicado de gestão. O número de contrapartidas devidas a Porto Alegre por parte das grandes obras soma 50 km - afirma.
Com o crescimento das ciclovias é preciso também maior número de bicicletários. O bairro Cidade Baixa é um exemplo onde os estacionamentos para bicicleta estão crescendo. Doze foram implantados por iniciativa dos próprios comerciantes. Segundo informações da EPTC, o processo é simples, basta que o proprietário solicite a instalação junto à empresa. Em paralelo, um projeto de autoria do vereador Marcelo Sgarbossa tramita na Câmara de Vereadores buscando mais alternativas para esses estacionamentos. A ideia é que sejam reservadas 1.500 vagas para bicicletas nos locais onde há área azul em Porto Alegre. O projeto foi protocolado e ainda precisa passar pelas comissões da casa antes de ser votado.