Terminou às 16h50min o depoimento do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, ao Supremo Tribunal Federal (STF). A oitiva durou duas horas e 50 minutos.
Cid foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes, a respeito de contradições apontadas pela Polícia Federal (PF) no depoimento tomado na terça-feira (19). Moraes é o responsável pela homologação da delação premiada do militar.
Ainda não há informações sobre o que o ex-ajudante de ordens disse, nem manifestação do ministro sobre o acordo de delação.
Na terça-feira, Mauro Cid negou — em depoimento à PF — ter conhecimento do plano golpista para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e Moraes.
Operação Contragolpe
De acordo com as investigações da operação Contragolpe, deflagrada no mesmo dia, uma das reuniões da trama golpista foi realizada na casa do general Braga Netto, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022, e teve a participação de Cid.
No ano passado, ele assinou acordo de delação premiada com a PF e se comprometeu a revelar os fatos que tomou conhecimento durante o governo de Bolsonaro, como o caso das vendas de joias sauditas e da fraude nos cartões de vacina do ex-presidente.
Durante a oitiva, Moraes vai decidir sobre a manutenção dos benefícios de colaboração premiada, entre eles, a concessão de liberdade provisória a Cid.