A indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central será votada no plenário do Senado no dia 8 de outubro — na primeira terça-feira após o primeiro turno das eleições municipais, que ocorre no dia 6. A data foi confirmada nesta quarta (4), em sessão plenária da Casa, pelo presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
— Naturalmente, como acontece em todos os anos eleitorais, há dificuldade no mês de setembro para reunirmos aqui um maior quórum no Senado, tanto para deliberação de proposições legislativas mais relevantes quanto para indicações desta natureza. Diante disso, gostaria de [...] deixar desde já definida a data para apreciação no plenário, que é o dia 8 de outubro, após as eleições. Esta primeira semana pós-eleição permitirá que todos os senadores e senadoras, mais ou menos envolvidos nas campanhas, possam se desincumbir desse papel político relevante, que é o politico-eleitoral, e possam estar aqui no Senado Federal presencialmente — afirmou Pacheco.
Antes da votação em plenário, porém, a indicação do presidente do Banco Central passa por outra etapa no Senado: a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Pacheco destacou que esta data ainda será definida pelo presidente da comissão, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO).
No plenário, o indicado pelo governo para presidir o Banco Central precisa obter maioria, em votação secreta.
Galípolo é o atual diretor de Política Monetária do Banco Central. Para este cargo, ele já foi sabatinado na CAE e aprovado pelo Senado em julho de 2023. O economista, de 42 anos, é o indicado do Executivo federal para substituir Roberto Campos Neto, que tem mandato até o fim deste ano.
Ao anunciar a data da votação em plenário, Pacheco comentou a indicação:
— Quero aqui fazer, obviamente sem nenhum tipo de antecipação da discussão, nosso reconhecimento sobre a boa qualidade do indicado, o qual conviveu conosco aqui, inclusive em discussões relevantes, como a reforma tributária. Naturalmente, neste tempo (até 8 de outubro), o Gabriel Galípolo terá oportunidade de estar com todos os senadores e senadoras para apresentar seu pensamento sobre a política monetária.