O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou, nesta terça-feira (19) o sigilo de parte da investigação sobre a falsificação de certificados de vacinas de covid-19. A decisão ocorre após a Polícia Federal concluir o relatório e pedir o indiciamento de Jair Bolsonaro.
O ex-presidente da República foi indiciado pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde. Também constam na lista o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, entre outras 15 pessoas.
Os dados atuais do Ministério da Saúde, que aparecem no cartão de vacinação, apontam que o ex-presidente se vacinou em 19 de julho de 2021 na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, na zona norte de São Paulo. A CGU, no entanto, constatou que Bolsonaro não estava na capital paulista nessa data e que o lote de vacinação que consta no sistema da pasta não estava disponível naquela data na UBS onde teria ocorrido a imunização.
Em seu perfil na rede social X, antigo Twitter, o advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten criticou a divulgação do indiciamento.