O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, deve ser anunciado como novo ministro da Justiça e Segurança Pública até o fim desta semana. O Palácio do Planalto já teria avisado ministros do Supremo de que ele deverá substituir Flávio Dino, que sairá para assumir uma vaga na Corte, de acordo com apuração do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo a publicação, o anúncio ainda não foi feito porque Lewandowski pediu um prazo para montar sua equipe de auxiliares.
Na segunda-feira (8), houve uma conversa entre Lewandowski e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada. Uma das definições seria o fato de que o ministério não deve ser dividido: a Segurança Pública, portanto, seguirá dentro da Justiça.
Na Polícia Federal, Andrei Rodrigues deverá permanecer como diretor-geral.
Conforme apuração do Estadão, Dino pediu a Lula que mantivesse na equipe o secretário-executivo Ricardo Cappelli. O destino dele é considerado um dos impasses para o anúncio de Lewandowski.
Cappeli foi interventor federal no episódio dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Ele é filiado ao PSB. O comando do partido quer manter Cappeli e outros nomes que integram o Ministério da Justiça, como os secretários Tadeu Alencar (Segurança Pública), Augusto de Arruda Botelho (Justiça) e Ênio Vaz (Assuntos Legislativos).
Até o momento, o nome mais cotado para ser secretário-executivo do Ministério da Justiça é o jurista Manoel Carlos de Almeida Neto. Ele é ex-secretário-geral do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Lewandowski defendia a entrada de Almeida Neto para ocupar sua vaga no Supremo, mas Lula indicou Cristiano Zanin, advogado que o defendeu das acusações da Operação Lava Jato.