O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai trocar os vidros do Palácio do Planalto, em Brasília, por material blindado. A medida, proposta pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, tem como objetivo fortalecer a segurança do edifício após os atos golpistas em 8 de janeiro de 2023.
Os vidros blindados serão instalados no térreo do prédio, com custo estimado em R$ 8 milhões, segundo interlocutores do governo. O GSI considera a mudança como um reforço sem complexidade, porém eficaz para aumentar a segurança no Planalto. Na avaliação do órgão, a fragilidade dos vidros do edifício colaborou para a sua invasão e depredação durante os ataques golpistas no início de 2023.
A blindagem, porém, depende de autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), visto que o Palácio do Planalto é um patrimônio tombado. A assessoria da Presidência da República informou que o GSI busca a permissão para fazer a mudança junto ao Iphan, porém ainda não há uma previsão para a realização da reforma.
Governo prepara evento
Em 8 de janeiro de 2023, em um domingo, cerca de 3.900 radicais bolsonaristas chegaram a Brasília para mais um dia de protestos contra o petista. Naquela época, militantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acampavam em frente a quartéis do Exército pelo País. Na tarde daquele dia, centenas de pessoas furaram o bloqueio da Polícia Militar e o bloqueio de segurança, invadiram e depredaram os edifícios públicos da Capital Federal.
O presidente Lula anunciou, no dia 20 de dezembro, que vai realizar um ato no dia 8 de janeiro de 2024 junto com os presidente dos outros Poderes para marcar um ano dos atos golpistas que tomaram Brasília. O chefe do Executivo ainda informou que convidará todos os governadores para o evento.
No entanto, os governadores ligados à oposição não devem comparecer ao ato que será promovido por Lula. Embora o Palácio do Planalto ainda não tenha enviado os convites, chefes de Executivo estaduais alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já adiantaram que não vão conseguir participar do ato.