O ministro da Justiça, Flávio Dino, foi aprovado pelo plenário do Senado na quarta-feira (13) para ocupar vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O resultado da votação foi um dos mais apertados, ao menos em comparação com os 10 membros atuais da Corte. Dino teve 47 votos a favor e 31 contra, a segunda menor aprovação entre os ministros do STF.
O ex-senador e ex-governador do Maranhão teve 60% de votos favoráveis. Somente André Mendonça teve um desempenho pior, com a taxa de aprovação de 59,5% do senadores votantes. Designado por Jair Bolsonaro como detentor de um perfil "terrivelmente evangélico" e indicado pelo ex-presidente, Mendonça teve 47 votos favoráveis e 32 contra.
A maior aprovação no plenário entre os atuais ministros foi a de Cármen Lúcia, indicada por Lula em 2006, quando ele cumpria o primeiro mandato na Presidência da República. A magistrada teve 55 votos a favor e apenas um contrário, uma aceitação de 98,1% dos senadores.
Com 55 anos, Dino pode exercer o cargo de ministro do STF pelos próximos 20 anos. O ainda ministro da Justiça volta ao Poder Judiciário após 23 anos. Em 2006, ele deixou o cargo de juiz federal para concorrer ao mandato de deputado federal, o qual exerceu por dois mandatos. Dino ainda foi presidente da Embratur, governador do Maranhão por dois mandatos e é senador — mandato do qual estava afastado para comandar o Ministério da Justiça.
Aprovação de ministros no Senado:
- Cármen Lúcia com 98,2% de aprovação, em 2006 - indicada por Lula: 55 votos a favor e 1 contra;
- Luiz Fux com 97,1% de aprovação, em 2011 - indicado por Dilma Rousseff: 68 votos a favor e 2 contra;
- Luís Roberto Barroso com 90,8% de aprovação, em 2013 - indicado por Dilma Rousseff: 59 votos a favor e 6 contra;
- Dias Toffoli com 86,6% de aprovação, em 2009 - indicado por Lula: 58 votos a favor e 9 contra;
- Kassio Nunes Marques com 85,1% de aprovação, em 2020 - indicado por Jair Bolsonaro: 57 votos a favor e 10 contra;
- Alexandre de Moraes com 80,9% de aprovação, em 2017 - indicado por Michel Temer: 55 votos a favor e 13 contra;
- Rosa Weber com 80,3% de aprovação, em 2011 - indicado por Dilma Rousseff: 57 votos a favor e 14 contra;
- Gilmar Mendes com 79,2% de aprovação, em 2002 - indicado por Fernando Henrique Cardoso: 57 votos a favor e 15 contra;
- Cristiano Zanin com 76,3% de aprovação, em 2023 - indicado por Lula: 58 votos a favor e 18 contra;
- Edson Fachin com 65,8% de aprovação, em 2015 - indicado por Dilma Rousseff: 52 votos a favor e 27 contra;
- Flávio Dino com 60,2% de aprovação, em 2023 - indicado por Lula: 47 votos a favor e 31 contra;
- André Mendonça com 59,5% de aprovação, em 2021 - indicado por Jair Bolsonaro: 47 votos a favor e 32 contra.