O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), descartou a possibilidade de concorrer à Presidência em 2026 e indicou que pretende disputar a reeleição para o Executivo estadual.
Em entrevista ao Flow Podcast na noite de quarta-feira (9), Tarcísio afirmou não ter "ambição" de encabeçar um projeto político nacional e que vai apoiar o candidato apontado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado à inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos próximos oito anos.
— Não tenho interesse nenhum, ambição nenhuma de concorrer a nada diferente. Não preciso ser candidato à Presidência, não serei e vou apoiar quem o Bolsonaro apoiar. O candidato da direita é o candidato que ele apontar. Vai ser ele ou o que ele apontar — disse o governador.
Tarcísio sinalizou que deseja ficar oito anos à frente do Estado, afirmou ter um projeto "a longo prazo" e citou a entrega de grandes obras de infraestrutura para depois de 2026, quando termina o primeiro mandato.
— Se eu leiloar o Trem Intercidades no início do ano que vem, ele vai estar operando em sete anos. É longo prazo. Se eu fizer no ano que vem a travessia Santos-Guarujá, ela provavelmente vai estar funcionando em 2028. Enfrentamento da Cracolândia, é longo prazo. Universalização do saneamento, 2029. Estou extremamente motivado a fazer a diferença, e aí o plano todo é de longo prazo. Meu foco é São Paulo, estou muito comprometido com o Estado — afirmou.
Tarcísio tem sido pressionado por setores da direita a disputar as eleições de 2026 com a inelegibilidade de Bolsonaro. Parte do seu entorno, no entanto, defende que o governador concorra à reeleição. Uma ala do governo estadual capitaneada pelo secretário de Relações Institucionais, Gilberto Kassab, aconselha o governador a completar o ciclo de oito anos à frente de São Paulo, deixando os planos presidenciais para 2030.
— Tenho que ter respeito à população de São Paulo. De repente, chego aqui, forasteiro e tem 13,5 milhões de pessoas que apostaram em mim, me deram voto de confiança. O que as pessoas querem? Que a gente faça a diferença. Não posso passar em branco — completou Tarcísio.