Mostrando-se satisfeito com os resultados nas votações da nova regra fiscal e da reforma tributária em segundo turno, o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), disse que um dos próximos passos agora é aprovar a reforma administrativa.
— Vamos tratar da reforma administrativa, ela está pronta — disse Lira durante almoço oferecido nesta segunda-feira (24), em São Paulo, pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide).
O presidente da Câmara foi bastante aplaudido ao falar que a Casa dará andamento na reforma administrativa e em sequência ganhou o apoio público do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidnei, que colocou a entidade à disposição para ajudar a sensibilizar os parlamentares da necessidade de se aprovar a reforma administrativa.
— Quando falo da reforma administrativa, é porque, de todas as reformas estruturantes, é a única que falta. A reforma administrativa que está pronta, com alguns ajustes que podem ser feitos no plenário, não tira direito adquirido de ninguém — insistiu o deputado, ressaltando que a proposta de reformulação da administração pública tem um corte para trás. — Com muita transparência e de maneira institucional, esse assunto precisa ser discutido porque vai gerar piso de despesa, vai ter diminuição de custos a longo prazo, com programação para qualquer governo — descreveu Lira.
Para o parlamentar, a reforma administrativa é uma matéria que está pronta para plenário e que precisa só se construir narrativas e apoios importantes para que seja levada com êxito ao plenário.
— A reforma administrativa não rouba, não prejudica. Ela é necessária porque é o povo que paga os custos administrativos — disse.
Por essas razões Lira disse ser importante que todos se mobilizem para que seja feita uma discussão como a que foi feita agora na reforma tributária e que parecia improvável.
— Com a mesma ajuda, a gente pede que a administrativa possa ser discutida com imparcialidade. É uma PEC, precisa de apoio de todo mundo. vamos lutar para que isso aconteça naturalmente — disse o presidente da Câmara, ponderando que ainda não há cronograma para a aprovação da reforma administrativa.