O presidente do PL gaúcho, Giovani Cherini, reclamou nesta sexta-feira (23) da baixa participação de mulheres no partido que ele dirige no Rio Grande do Sul. Em ato com correligionários, em Porto Alegre, afirmou que a situação vista no Estado, de haver mulheres entre as autoridades presentes, é uma exceção no partido.
Ao discorrer sobre o tema, afirmou que a falta de mulheres no PL faz com que, no período eleitoral, seja preciso “inventar mulheres” para concorrer.
— Se fosse em outro lugar no Brasil, quem sabe, não teria nenhuma mulher na mesa (de autoridades do partido). Tu vai numa reunião do partido (PL), não tem nenhuma mulher. Mas vem a eleição, cadê as mulheres para concorrer? Nada. Cadê as mulheres para concorrer? Tem que inventar mulher aqui, inventar mulher ali, e vocês sabem depois o que acontece — disse Cherini.
A fala ocorreu durante um ato, na Assembleia Legislativa, de filiação de novos integrantes do PL, com participação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na fala, Cherini valorizou a formação de comissões no partido com participação igualitária de gênero.
Durante o seu discurso, o presidente do PL também defendeu que os bolsonaristas filiados ao MDB e PP deixem partidos, argumentando que as duas legendas apoiam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
— Vocês sabem que o RS é um Estado dificílimo de fazer política. Aqui é Grêmio e Internacional, maragato e chimango, MDB e Arena. Nós vamos desafiar isso. Tanto o MDB quanto a Arena (PP) estão lá no governo Lula. Este Estado tem mais de 300 prefeitos do MDB e da Arena (PP). Quando chega na hora da eleição dizem: “ah, eu vou votar com o meu partido”. Mas lembra que o teu partido está lá com o Lula — disse Cherini.
O MDB integra formalmente o governo Lula. Já o PP não integra a base do governo, mas tem boa parte dos seus deputados e senadores com adesão à gestão Lula.