O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu a reunião que promove nesta quinta-feira (15) com os ministros dizendo que este pode ser o último encontro ordinário do primeiro escalão do governo federal até o fim de 2023. Na conferência, que deve se estender por 6 horas, segundo estimativa do próprio Lula, os líderes do governo no Congresso e cada um dos ministros terá até 10 minutos para falar, apresentando o que foi feito até agora e projetando as próximas ações.
Na fala de abertura, que durou também cerca de 10 minutos, o presidente destacou:
— Daqui para a frente a gente vai ser proibido de ter novas ideias. A gente vai ter que cumprir aquilo que a gente já teve capacidade de propor até agora.
— A única coisa que pode mudar é criação de escolas. Porque cada vez que uma pessoa pede uma escola, eu vou dizer que vamos fazer. Então se prepare, Camilo. Deixa uma verba reservada para fazer coisas novas, que não estavam previstas —acrescentou, com um sorriso, se dirigindo ao ministro da Educação, Camilo Santana.
Ao concluir o discurso, Lula passou a presidência da reunião ao ministro da Casa Civil, Rui Costa. De acordo com o presidente, o encontro seguirá até a conclusão sem intervalo — mesmo o almoço será servido sobre a mesa de reuniões.
— Que a gente possa sair daqui com a certeza de que o governo já tem, no papel e na cabeça, tudo aquilo que a gente vai fazer até o dia 31 de dezembro de 2026 — projetou o chefe do Executivo federal.
Lula voltou a destacar que os ministros precisam apresentar projetos à Casa Civil antes de trabalhar neles e pediu que as divulgações sejam feitas por meio da Secretaria de Comunicação, chefiada por Paulo Pimenta.
— Na primeira reunião eu disse: neste governo, não haverá política de ministro. Isto é um governo e as políticas todas serão de governo, por isso um ministro não pode apresentar proposta, começar a fazê-la, sem discutir com a Casa Civil, sem transformar numa política de governo — reforçou.
Alguns dos 37 ministros não estavam presentes na abertura da reunião. Fernando Haddad, da Fazenda, e Simone Tebet, do Planejamento, estavam em outra agenda. Marina Silva, do Meio Ambiente, está em São Paulo. Renan Filho, dos Transportes, estava, ainda, a caminho do Planalto.