Política

Investigação

PF atribui a mentor da CPI do 8 de Janeiro incentivo aos atos golpistas em Brasília

Em relatório enviado ao ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal destacou duas publicações feitas pelo deputado em suas redes sociais

Estadão Conteúdo

Pepita Ortega

Vinicius Loures / Câmara dos Deputados / Divulgação
Em suas redes sociais, o parlamentar convocou e divulgou as manifestações

A Polícia Federal (PF) concluiu que o deputado André Fernandes (PL-CE) — um dos autores do pedido da CPI do 8 de Janeiro — incitou a prática dos crimes naquela data, quando extremistas depredaram as dependências dos três poderes. Em relatório enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal destacou duas publicações feitas pelo deputado.

O primeiro post foi feito no dia 6. Fernandes escreveu: "Neste final de semana acontecerá na Praça dos Três Poderes, primeiro ato contra governo Lula. Estaremos lá!".

Na segunda publicação, feita no dia 8, o deputado publicou a imagem da porta do armário de togas do ministro Alexandre de Moraes, arrancado e levado por golpistas. Junto a foto, ele escreveu: "Quem rir, vai preso".

Para a PF, se na primeira postagem "parece não ser explícita a incitação", na segunda "depreende-se que o deputado coadunou com a depredação do patrimônio público praticada pela turba que se encontrava na Praça dos Três Poderes".

A Polícia Federal argumenta ainda que o deputado "conferiu ainda mais publicidade" à depredação. "Restando, portanto, demonstrada sua real intenção com aquela primeira postagem, que era a de incitar a prática delituosa".

Na última quarta-feira (24), o ministro Alexandre de Moraes instou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a se manifestar sobre as conclusões da PF. O órgão tem 15 dias para remeter a manifestação ao STF.

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