A defesa de Anderson Torres convocou uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (12), um dia após ter sido concedida a liberdade provisória ao ex-ministro da Justiça. Os advogados negaram que Torres pretenda fazer delação premiada, mas garantiram que ele explicará tudo o que ocorreu em relação aos ataques ocorridos aos três poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.
— Não existe essa possibilidade de delação. O que o Anderson vai fazer é cooperar para que se esclareça o mais breve possível os fatos que levaram àqueles odiosos atos — disse o advogado Eumar Novacki.
A defesa afirmou ainda que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), "agiu de forma correta" ao conceder liberdade a Torres. Os advogados disseram ainda que acreditam e confiam na Justiça.
Anderson Torres deixou o 19º Batalhão da Polícia Militar em Brasília, onde estava preso desde 14 de janeiro. Após quase quatro meses, a Justiça expediu alvará de soltura e ele voltou para sua residência na capital federal.
Como condição para ficar em liberdade, Torres terá de usar tornozeleira eletrônica, não poderá ter redes sociais, tampouco se comunicar com qualquer investigado no Supremo pelos atos antidemocráticos, entre outras obrigações.