Logo após ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a revogação do afastamento e o "retorno imediato" do governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), ao cargo, nesta quarta-feira (15), o emedebista declarou, por meio de rede social, que voltará ao Palácio do Buriti – sede do governo de Brasília –nesta quinta-feira (16), no começo da manhã. As informações são do portal g1.
Ibaneis ressaltou que, primeiramente, quer se reunir com a vice-governadora Celina Leão (PP), que respondeu interinamente pelo governo do DF durante seu afastamento. O emedebista pontuou ainda que aguardou com paciência e que confiou na Justiça enquanto esteve afastado.
— Aguardei com muita paciência, resiliência e confiança na Justiça do meu país, esse momento de retorno ao cargo que assumi pela vontade do povo do Distrito Federal, que me elegeu em primeiro turno para um segundo mandato — disse Ibaneis, em vídeo postado em rede social.
Ibaneis ficou fora da função por 66 dias. O prazo inicial de afastamento, também decidido pelo ministro Moraes, era de 90 dias, em razão de suspeita de omissão no caso dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília.
— Agora é seguir firme confirmando a minha inocência junto ao STF e trabalhar ainda mais pela cidade que tanto amo — ressaltou Ibaneis.
O governador disse ainda que pretende fazer uma reunião com os secretários e com os presidentes das estatais porque "precisa tomar pé da situação, uma vez que não manteve contato nem com Celina nem com ninguém do governo do DF nesse tempo", por causa da decisão de Moraes.
Ao bater o martelo sobre o "retorno imediato" do governador, Moraes destacou que "tanto a defesa em sua petição quanto a Procuradoria-Geral da República (PGR), com base nas diligências já concluídas, tais como as conclusões do Relatório de Intervenção Federal e anexos, e diligências resultantes do cumprimento das medidas cautelares deferidas nestes autos, sustentam que – no presente momento – não permanecem presentes os requisitos para a manutenção da medida de suspensão do exercício da função pública de governador do Distrito Federal".
"O momento atual da investigação – após a realização de diversas diligências e laudos – não mais revela a adequação e a necessidade da manutenção da medida, pois não se vislumbra, atualmente, risco de que o retorno à função pública do investigado Ibaneis Rocha Barros Júnior possa comprometer a presente investigação ou resultar na reiteração das infrações penais investigadas", completou o ministro, no texto da decisão.
De acordo com o magistrado, "os Relatórios de Análise da Polícia Judiciária relativos ao investigado não trazem indícios de que estaria buscando obstaculizar ou prejudicar os trabalhos investigativos, ou mesmo destruindo evidências, fato também ressaltado pela defesa e pela PGR".
Ainda nas redes sociais, a vice-governadora Celina Leão relatou ter recebido com "alegria e satisfação" o retorno de Ibaneis e que sempre confiou "na Justiça e na volta do governador".